Arte do storytelling

4 maneiras poderosas de usar a arte do Storytelling

Eu estava no meio da minha apresentação. Diante de mim havia uma sala cheia de pessoas que eu mal conhecia. Então algo aconteceu. É o que todos os oradores temem. Meus slides desapareceram da tela grande atrás de mim. Se foram e nunca mais voltaram. Foi o momento que todos os palestrantes esperam que nunca aconteça.

Mas aconteceu.

Histórias tocam corações

As pessoas esquecerão o que você disse, mas nunca esquecerão como você as fez sentir. Nessa citação (muitas vezes atribuída a Carl Buechner) está a verdade sobre a arte do Storytelling. Tocar o coração das pessoas está no centro do engajamento. Quando começamos a realizar apresentações, tudo gira em torno dos fatos. Informações, dados e estatísticas. O Powerpoint fica cheio de bullet points. A cada novo tópico, mais informações e mais bullet points.

Mas se você quer mover as pessoas, educar e transformar, você precisa de mais do que isso. Como profissionais que lidam com pessoas, você precisa que as histórias sejam memoráveis. Para persuadir. Em uma era digital em um mundo frenético, precisamos mais do que nunca da arte do Storytelling.

Momentos que as pessoas lembram

Eu estava em São Paulo. Compareci a um jantar com a equipe de uma empresa para a qual eu havia realizado uma consultoria. Depois de uma certa idade, suas viagens de negócios rendem muitas histórias para contar. E uma pessoa que conheci um ano antes em um treinamento que havia realizado, puxou papo e começou dizendo:  – Oi Thiago… Ainda me lembro da história que você contou ano passado no workshop que participei.

Não eram os fatos… apenas uma história. Foi isso que ele lembrou. Tomei nota. Então, onde você deve usar histórias? Aqui estão 4 maneiras de usar histórias no seu trabalho:

1. Apresentações e palestras precisam da arte do Storytelling

Voltando à história que contava no início deste texto. Estava realizando uma palestra para os colaboradores de uma grande empresa no interior de São Paulo, onde aproximadamente 100 pessoas estavam na sala a me ouvir. Dez minutos depois do começo da apresentação, o notebook que espelhava a tela com os slides do Powerpoint travou. Naquele momento eu fiquei sem aquela sensação de segurança, que só os slides dão para nós, quando estamos na frente de um monte de pessoas. Eu tentei rapidamente ver se conseguia destravar, mas sem sucesso.

Meu maior pesadelo, acontecendo ali, naquele momento e o desespero começou a tomar conta.

Inevitavelmente isso acontecerá com todos nós algum dia, pois vivemos em um mundo onde as máquinas se comportam mal! Uma pessoa da área técnica do evento veio me ajudar, mas apesar dos esforços, os slides nunca voltaram. Então era hora de respirar fundo e manter a calma.

Eu não tive escolha. Comecei a falar sobre como a tecnologia as vezes falha e relembrei outros momentos, alguns engraçados outros não tanto, de quando os computadores me deixaram na mão. E assim continuei minha apresentação, criando linkes entre as histórias e o tema da minha apresentação. E assim continuei pelo restante do tempo programado. Apenas contando histórias e sem meus lindos slides que meu designer havia passado a semana criando.

A reação do público em como lidei com a situação e como a reverti em meu favor foi ótima. Na verdade, acho que melhorou em muito o que eu tinha programado para falar. Foi mais genuíno, verdadeiro e consegui o mais importante: falar direto com o coração das pessoas.

Aqui deixo uma dica valiosa: Conte uma história e faça um ponto… depois faça de novo e assim até finalizar o que tem para dizer. Esqueça os slides, eles apenas engessam a sua apresentação. Foque nas suas histórias.

2. Incluir histórias em artigos

Eu leio tantos posts e artigos online que são tão sem graça e nada memoráveis. Eles listam fatos e números e deixam de fora a humanidade. É o marketing de conteúdo desprovido de humanidade.

Um dos melhores escritores com quem me deparei é Jeff Haden. Ele muitas vezes começa com uma história. A propósito, ele também não é ruim na arte do título.

Ele postou em seu LinkedIn um texto com o seguinte título: “Odeia conversa fiada? Uma abordagem que qualquer um pode usar”.

E ele começava sua postagem assim: “Eu estava em uma conferência com um cliente. Todos o conheciam. Ele era o cara. Eu era apenas um cara com ele. Até aí, sem problemas… até que ele foi ao banheiro. Então eu me tornei o cara que não conhecia ninguém ali. E eu sou muito, muito ruim nesse papel”.

É por isso que boas histórias funcionam. E elas não precisam ser longas ou complexas. Elas só precisam ressoar com quem as ouve. Quem nunca passou por uma situação como a do Jeff?

3. Compartilhe suas histórias em vídeos

Um amigo meu estava assistindo a uma entrevista no Instagram que realizei algum tempo atrás. Ele me disse que eu precisava contar essa história com mais frequência e para um público maior. Achei que não valia a pena contar. A realidade é que eu achava que ninguém se importava com a minha história, mas a verdade é outra. Mas alguém precisou me dizer que ela era poderosa e que valia a pena eu compartilhar.

Então, compartilhe sua história em vídeo. Pode ser o Facebook “Live”, Instagram ou YouTube. Não fique preso em que tipo de plataforma, apenas certifique-se de que ela seja criada, publicada e compartilhada.

4. Use histórias em seus e-mails

O objetivo final do copywriting usado na publicidade é vender produtos ou serviços. Eles estão no fundo do funil do marketing de conteúdo. E um ótimo copywriting é muitas vezes visto no email marketing.

Um ótimo copy tocará muitos corações e mentes. Ele ganha atenção. Ele invoca ou sugere uma resposta. Ele é obrigatório para landing pages, posts de blogs, tweets e até mesmo naquela imagem ou foto compartilhada no grupo do WhatsApp. Mas o e-mail é um dos principais tipos de mídia que requer redação qualificada. Ele usa apenas o poder das palavras para cortar a desordem que nos bombardeia todos os dias.

A melhor sensação é quando você escreve um email marketing, com o claro objetivo de persuadir alguém, e a pessoa responde o email, como se ele tivesse sido redigido especialmente para ela. Essa é a magia do copywriting que toca o coração humano.

E essa é a verdadeira arte do storytelling para o copywriting de vendas.

Você precisa lembrar que quando uma pessoa vira seu lead ou se inscreve na sua lista de email, ela ainda não o conhece. Não conhece sua história. Talvez seja uma boa estratégia usar sua sequência introdutória de emails para contar sua própria história. Faça uma busca na internet sobre “dicas e táticas para aumentar seu tráfego na web” e descobrirá o que quero dizer.

Histórias têm sido utilizadas por dezenas de milhares de anos. Elas estão embutidas em nossa mente. É o que nos torna humanos.

E aí? Conseguiu pensar em como você poderia usar a arte do storytelling?

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Traduzido e adaptado livremente de business2community.com

Thiago Amadigi
Thiago Amadigi
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Co-founder da B! e filmmaker. Star wars, vídeo game e Madonna, sempre. Tenho dificuldades para me equilibrar na cadeira do escritório. Gosto de discutir os grandes temas da vida: MasterChef, política e cinema. Nessa ordem.

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